COOL: To be or not to be Cool
- Sofia Lavos
- 1 de fev. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 8 de fev. de 2024
‘Cool’ é uma expressão comum e associada a algo que é simpático e agradável. Mas a origem da palavra ‘cool’ está com o nascimento do jazz.
Os músicos americanos de jazz utilizavam-na para se referirem à capacidade que tinham em controlar o ódio ao racismo desses tempos, mesmo quando canalizavam esse ódio para formas de expressão de sentimentos profundos.

Nunca como hoje se tornou tão premente - para todos os profissionais e, sobretudo, para os que têm como responsabilidade gerir uma equipa, um negócio ou uma empresa – controlar os sentimentos mais densos e canalizá-los de forma positiva.
O pleno emprego coloca as empresas e os responsáveis de equipas sem escolha empurrando-os para escolhas criativas, tantas vezes sofridas, para entrega do produto ou do serviço.
A escassez de talento também advém de um conjunto de novas funções nas empresas - que o mercado reclama e onde a transformação digital acontece - mas que a sociedade ainda não consegue responder na qualidade e na quantidade necessárias.
O ageing traz às equipas de trabalho complexidades acrescidas: na gestão de conhecimento e ritmos de aprendizagem e nos desafios de healthy living e worklife balance, diversamente valorizados em cada geração.
Os modelos de trabalho atuais e a dispersão geográfica desafiam a comunicação e os modelos de cooperação e trabalho em equipa tal como sempre os conhecemos.
O contexto internacional bélico, o aumento de custo de vida das famílias e a recessão inevitável nas economias trazem uma pressão adicional a gestores, como não se sentia há várias décadas.
O que devem fazer os líderes, e todos os profissionais, neste contexto desafiante?
Muitas das competências associadas à Inteligência Emocional de Daniel Goleman são mais atuais que nunca:
Ter autoconsciência, isto é ser capaz de ler as suas próprias emoções e de reconhecer os seus efeitos, usando o “instinto” para orientá-las. Ser auto consciente também significa conhecer forças e limites, valor e capacidade;
Trabalhar de forma efetiva a autogestão, isto é manter debaixo de controlo impulsos e emoções destrutivas; mostrando honestidade e integridade;
Desenvolver de forma consequente capacidade de adaptação, isto é, a flexibilidade para se adaptar a ambientes de mudança e a situações em que é necessário ultrapassar dificuldades;
Estar focado na realização, ou seja, ter energia para melhorar o desempenho e assim satisfazer os padrões pessoais de excelência;
Ter iniciativa e estar pronto para agir e aproveitar as oportunidades;
Ser Otimista e ver o lado positivo dos acontecimentos.
Em duas palavras: a autoconsciência e a autogestão são fundamentais para qualquer profissional se gerir a si e às suas emoções, criando impacto positivo nos outros.
Para os líderes de hoje ou para os de amanhã a liderança eficaz é aquela que é ‘cool’. Ela reside na capacidade de gerir sentimentos agitados e, ao mesmo tempo, permitir a plena expressão de emoções positivas. Tal e qual como no jazz.




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